Presidente do TRE/RS critica baixa participação de partidos políticos em testes da urna eletrônica

Campanha busca combater a desinformação

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RS) do Rio Grande do Sul lançou, nesta quarta-feira, uma campanha de comunicação que busca combater a desinformação em torno do sistema eleitoral do país. Durante a atividade, o presidente do TRE/RS, desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, cobrou maior participação dos partidos políticos nos testes de segurança das urnas eletrônicas- foram seis, até o momento. O evento ocorreu no plenário do órgão, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Durante o lançamento da campanha “Justiça Eleitoral: Confiança e Transparência”, o desembargador destacou que quanto mais autoridades e agentes políticos participarem dos testes das urnas, maior vai ser a credibilidade. Ainda conforme o presidente do TRE, os partidos políticos devem ser os maiores interessados em participar dos testes – o que não vem ocorrendo. “Desejávamos ter uma participação maior dos partidos políticos, mas ela foi pequena… E de outros agentes também”, revelou.

O secretário de Tecnologia e Informação do TRE/RS, Daniel Wobeto, explica que nos seis testes de segurança das urnas já realizados, o objetivo não era verificar a lisura do software, mas a solidez. Wobeto seguiu a linha do presidente da entidade e defendeu maior participação de partidos nesse processo.

Intitulada “Justiça Eleitoral: Confiança e Transparência”, a campanha visa levar à população conhecimento maior sobre o processo eleitoral através de uma linguagem descomplicada e próxima dos jovens. A campanha vai usar as redes sociais e outras plataformas para divulgar o material explicativo. A iniciativa, que conta com uma parceria com alunos da ESPM, e surgiu de resultados obtidos pela Comissão de Enfrentamento à Desinformação.

De acordo com o presidente da Comissão, desembargador Jorge Dallagnol, a maior arma para combater as informações falsas é a alfabetização digital e a informação midiática por parte dos eleitores. “Para interagir com usuários e interferir no discurso político com ética, é preciso que saibamos dialogar com as pessoas. Precisamos largar o juridiquês”, detalhou.