O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou criminalmente à Justiça, na tarde desta quarta-feira, oito pessoas por integrarem organização criminosa e adulteração ou alteração de produto alimentício destinado ao consumo, tornando-o nocivo à saúde, e crime contra as relações de consumo. Outras duas pessoas foram denunciadas pelo segundo delito.
A denúncia é resultado de investigação que culminou com a operação Hipo, realizada em Caxias do Sul na última quinta-feira, 18 de novembro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, na qual foram efetuadas seis prisões. Dois dos detidos, na presença dos advogados, confessaram os crimes ao promotor durante as oitivas realizadas nesta semana.
Conforme o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, coordenador do Gaeco, que esteve à frente da operação e assina a denúncia, além dos seis presos, dois faziam parte do esquema, mas com uma importância menor na organização. Os outros dois são os proprietários das duas hamburguerias onde as análises detectaram DNA de cavalo nos lanches, confirmando a fraude.
“Após a operação, também foi confirmada a presença de microorganismos nocivos à saúde humana nas amostras de carne apreendidas na última quinta-feira, 18, além de DNA de cavalo em todas as amostras. Alguns hambúrgueres eram 100% carne de cavalo”, conta.
O promotor de Justiça ressalta, por fim, que os demais estabelecimentos de Caxias do Sul suspeitos de terem comercializado as carnes de cavalo seguirão sendo investigados pelo MP.