Melo: passaporte vacinal deixa de ser obrigatório e vira recomendação

Segundo o vacinômetro do município, Porto Alegre já imunizou mais de 90% da população adulta

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

O prefeito Sebastião Melo (MDB) indicou, através do Twitter, que Porto Alegre vai cobrar a apresentação do comprovante vacinal, em algumas atividades, mas como recomendação, e não mais de forma compulsória. O posicionamento decorre após o governo do Estado estabelecer, em decreto publicado nesta sexta-feira, que a obrigatoriedade de apresentação do documento seja apenas para municípios que vacinaram contra o coronavírus menos de 90% da população adulta.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como a exigência do passaporte é recomendada, os estabelecimentos podem aderir ou não. Com isso, pessoas que não estejam vacinadas podem ser barradas caso queiram ingressar em locais que peçam o documento. Ainda segundo a pasta, diante desse cenário, não há punição para o estabelecimento.

De acordo com Sebastião Melo, com base em informações coletadas do vacinômetro municipal, Porto Alegre vacinou mais de 91% da população acima dos 18 anos de idade. Já o governo do Estado registra que a capital imunizou, até esta tarde, 83,9% dos adultos – índice que ainda torna obrigatória, em tese, a apresentação do passaporte vacinal para ingressar em eventos (festas) e competições esportivas, como os jogos de futebol, por exemplo.

A SMS enfatiza que o decreto assinado pelo governador Eduardo Leite permite que dados das secretarias municipais também sejam levados em conta para aferir a cobertura de 90% e desobrigar a apresentação do passaporte vacinal para atividades consideradas de alto risco de contágio.

Melo era um dos prefeitos contrários à adoção do passaporte vacinal quando o governo estadual anunciou a para permitir o retorno de público aos estádios, teatros e casas noturnas, no mês passado.

O decreto municipal, especificando as situações, já está publicado no Diário Oficial do Município.