Cidade Baixa: Melo sinaliza mudança em decreto de 2018, mas preservando alvarás e horário de bares

Em princípio, prefeito descarta repetir, na região, o decreto que já vigora no bairro Moinhos de Vento

Prefeito visitou o bairro na noite da sexta-feira. Foto: Mateus Raugust/PMPA

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo se reuniu, no fim da tarde desta terça-feira, com moradores e comerciantes do bairro Cidade Baixa, dando sequência a um diálogo que teve com dezenas de pessoas, na noite de sexta passada, em meio a uma operação da Guarda Municipal na região. O chefe do Executivo sinalizou que pode fazer mudanças em um decreto de 2018, que já regula as atividades noturnas na Cidade Baixa, mas preservando o que estabelecem os alvarás, assim como o horário de funcionamento de bares e restaurantes do bairro, um dos mais boêmios da cidade.

Em princípio, o prefeito descarta repetir, na região, o decreto que já vigora no bairro Moinhos de Vento, barrando, desde o sábado passado, o consumo e a venda de bebida alcoolica após a meia-noite. Na Cidade Baixa, bares podem, por exemplo, manter mesas na calçada até o início da madrugada, sobretudo em fins de semana e vésperas de feriado.

“Já há um decreto de 2018 bastante alinhado. Talvez o que possa haver são mudanças nesse decreto. Talvez haja um atualização, mas vamos preservar, na sua essência, a questão dos bares, dos alvarás…. Nosso trabalho é de conscientização para o uso do espaço com responsabilidade e com liberdade. Não havendo isso, temos que agir na fiscalização daqueles estabelecimentos que só vendem para a rua, dos ambulantes, das tele-entregas e do som alto. Esses são os nossos focos”, esclareceu.

Melo também disse, ao participar de um evento da revista Press, na noite desta terça, que espera a ajuda das famílias de pessoas que não sabem usar o espaço público de forma correta. “Estou muito convencido de que nós temos que ganhar as mentes e as famílias. Essas pessoas pertencem a uma família, a milhares de famílias. E essas famílias têm que nos ajudar. Não é correto usar o espaço público da forma como está sendo feito hoje no Moinhos de Vento, na orla 1, na orla 3, em outros bairros… Muito diálogo, mas firmeza também”, encerrou.