Moraes afasta Roberto Jefferson da presidência do PTB

Decisão atende deputados do próprio partido, que alegaram que dirigente usa as redes sociais da sigla para atacar instituições

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afastou, nesta quarta-feira, o ex-deputado Roberto Jefferson do comando do PTB. Ele atendeu pedido de parlamentares do próprio partido. O afastamento deve ocorrer, inicialmente, por 180 dias. Jefferson é acusado de promover ataques e fake news contra o Supremo e os ministros da Corte. Em outubro, Jefferson já tinha pedido licença do cargo.

No pedido para que o ex-deputado seja afastado da presidência nacional da sigla, os autores dizem que ele, “por intermédio dos canais de comunicação do próprio Partido e de seus perfis pessoais nas redes sociais, extrapolando os limites de seu direito de liberdade de expressão, praticou condutas que configuram diversos crimes previstos no Código Penal e que infringem dispositivos do Estatuto do PTB”.

Os deputados entendem ainda “haver elementos que apontam para a ilegal e indevida utilização de recursos do fundo partidário, não sendo recomendável nem “juridicamente possível” mantê-lo à frente da administração do Partido”. As ações de Jefferson, de acordo com o pedido, vão no “intuito de prestigiar a desinformação, atacando frontalmente a Democracia e a honorabilidade dos membros deste STF, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem, com a consequente quebra da normalidade institucional”.

Um dos episódios narrados na petição é um vídeo em que Jefferson, “empunhando armas”, mostra a foto de mandado de busca e apreensão no Twitter “afirmando que teve ‘computadores e armas’, segundo ele, apreendidos pela PF”.

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