Depois de Claro e Vivo vencerem blocos G de cobertura nacional na frequência de 26GHz, começou nesta sexta a venda dos lotes nomeados como H, de alcance regional, da mesma frequência. No lote H19, da região Sul, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a vencedora foi a Tim. A empresa apresentou proposta única de R$ 8 milhões, com ágio de 6,12% em relação ao valor inicial.
As empresas que vencerem a concorrência dos lotes G, H e I deverão oferecer internet com qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das TICs (tecnologias da informação e comunicação) nas atividades educacionais regulamentadas pela Política de Inovação e Educação Conectada. É uma contrapartida determinada pelo governo para que as empresas explorem o serviço.
Os lotes H1 ao H18 foram declarados desertos, sem nenhuma empresa apresentando propostas para levar o serviço pelo país. O mesmo aconteceu com os blocos H20 ao H24.
Já o lote H25 foi arrematado pela Tim, por R$ 11 milhões. Dessa forma, a empresa terá direito a explorar comercialmente a região que inclui os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Não houve propostas para os blocos de H26 a H30.
O lote H31, referente ao estado de São Paulo, exceto o setor 33 do Plano Geral de Outorgas (PGO), foi vencido pela Tim, por R$ 12 milhões. O bloco H31 foi arrematado pela Algar Telecom, com proposta de R$ 935 mil. Os blocos H37 e H39, nos setores 3, 22, 25 e 33 do PGO (em cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul), foram arrematados pela Algar Telecom, ambos com proposta de R$ 935 mil.
A Algar também venceu o lote H40, com preço de R$ 1,037 mil, e o lote H41, com R$ proposta de 1.399.157,00, ambos nos mesmos setores. O bloco H42 foi arrematado pela Fly Link, que ainda não atua no fornecimento de serviço de telefonia, por R$ 900 mil, também nos setores 3, 22, 25 e 33 do PGO.
Tecnologia 5G
A tecnologia 5G permite o tráfego de dados até 100 vezes mais rápido que o padrão de quarta geração (4G), utilizando um espectro de rádio mais abrangente, o que permite que mais aparelhos móveis se conectem simultaneamente, com mais estabilidade do que nas redes atuais.
A expectativa do governo era de que o edital gerasse R$ 49,7 bilhões em contratos, sendo R$ 39,1 bilhões referentes aos investimentos das empresas no cumprimento das obrigações previstas. A estimativa era fechar o leilão com R$ 10,6 bilhões de outorga, ou seja, de pagamento ao governo pelo direito de atuar no segmento, e com uma soma de investimentos de R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos.
No primeiro dia, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse acreditar que o valor de arrecadação do leilão do 5G deve ultrapassar os R$ 50 bilhões inicialmente previstos. Durante live semanal do presidente Jair Bolsonaro, Faria classificou o leilão como o maior do setor em toda a América Latina.