Em evento religioso em Manaus nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre as duas indicações que o chefe do Executivo eleito em 2022 fará para o Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou a demora na marcação da sabatina do advogado André Mendonça, indicado por ele para substituir o ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho.
“Olha a importância das eleições do ano que vem. Quem por ventura for eleito no ano que vem indica dois nomes para o STF. A renovação é saudável no Executivo, no Legislativo e no Judiciário”, disse, durante a Primeira Consagração Pública de Pastores do Estado do Amazonas.
Sobre seu indicado para uma cadeira no STF, o ex-advogado-geral da União André Mendonça, que é pastor evangélico, Bolsonaro disse que “já ultrapassou três meses que não é sabatinado”. Mendonça foi indicado pelo presidente da República e precisa ter a sabatina marcada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que costumava colaborar com Bolsonaro quando presidia o Senado.
Bolsonaro fez um discurso em tom de campanha, com críticas a opositores e acenos ao eleitorado religioso presente no evento. Elogiou diversas vezes os ministros de seu governo. “Quem podia imaginar um dia um pastor ser ministro da Educação em nosso país?”, perguntou, se referindo ao ministro Milton Ribeiro.
Num outro momento, o presidente falou que o Brasil estava “à beira do socialismo”. Além disso, “as palavras ‘Deus, pátria, família’ estavam esquecidas”, afirmou à plateia. Bolsonaro também elogiou o ex-senador Magno Malta, que é pastor e o ajudou na campanha eleitoral. “Aqui o Magno Malta, por opção dele, não foi meu vice-presidente”, disse.