“Acho que o ministro está falando com o fígado e não com o cérebro”, diz Onyx ao rebater críticas de Guedes

Ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni foi o convidado e palestrante do "Tá na Mesa" da Federasul

Foto: Rádio Guaíba

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, foi o convidado nesta quarta-feira (27) para retomada das atividades presenciais no encontro “Tá na Mesa”, organizado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). Antes de palestrar para empresários e autoridades gaúchas, o ministro atendeu a imprensa e falou sobre ações do governo federal, assuntos econômicos e questões políticas que envolvem o futuro dele.

O evento desta quarta foi a primeira edição presencial do “Tá na Mesa” desde o início da pandemia. Uma série de protocolos foram definidos para garantir a segurança sanitária, como o uso obrigatório de máscaras e a apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19. Apenas 95 convidados foram autorizados a participar do encontro em um espaço com capacidade para mais de 300 pessoas.

Em uma das perguntas, Lorenzoni rebateu críticas dirigidas pelo ministro da Economia a ele, em que Paulo Guedes concordou com a fala de um parlamentar de que Onyx estaria se preocupando com inauguração de “campinhos de futebol” em vez de pensar em outras prioridades. “Acho que o ministro Paulo Guedes deva estar chateado com alguma coisa e esteja falando com o fígado e não com o cérebro. Porque o campinho de futebol que eu inaugurei era o Centro Nacional de Atletismo que o PT prometeu e que demorou oito anos para ficar pronto e foi inaugurado quase três anos depois das olimpíadas”, afirma.

Questionado sobre o relatório final da CPI da Covid no Senado, o ministro disse concordar com o presidente Bolsonaro quando diz que “não passou de uma grande palhaçada”. “Primeiro dizer que o relatório da CPI é mais uma narrativa sem comprovação fática nem jurídica. Ela não tem solidez alguma. E não passa, como o presidente disse hoje, de uma grande palhaçada. O que nós estamos assistindo é o senado federal perdendo um tempo absurdo”, pontua.

Onyx falou que o Brasil está, e que os números mostram, com a economia se recuperando. Ele citou os dados divulgados nessa terça-feira do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O setor de serviços foi o principal responsável pela abertura de postos de trabalho formais em setembro. No período, foram criadas 313 mil novas vagas. Sem explicar quais seriam os novos projetos, o ministro do Trabalho e Previdência disse também que o governo federal vai criar novos programas para diminuir a informalidade no país.

“O trabalho que nós estamos fazendo é em breve fazer o lançamento de vários programas. Assim como o Auxílio Brasil vai criar uma rampa de ascensão social, nós precisamos criar uma rampa de transição para qualificação para permitir que esses brasileiros que estão na informalidade possam chegar no mercado formal”, explica.

Outro assunto abordado na coletiva de imprensa foi a situação partidária de Onyx. Há quase 25 anos no Democratas, Lorenzoni disse que sairá nos próximos meses do partido e, que até dezembro, vai definir seu futuro político.