Anvisa faz reunião com representante da CanSino

Laboratório que representa a farmacêutica no Brasil pretende pedir autorização para uso emergencial da vacina anti-Covid

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Divulgação / CP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou nesta sexta-feira uma reunião com o laboratório Biomm, representante da farmacêutica CanSino no Brasil, para tratar da vacina anti-Covid Convidecia.

Em nota, a agência informou que os representantes do laboratório apresentaram dados sobre o desenvolvimento do imunizante e os estudos clínicos realizados em outros países. Além disso, também indicaram que a Biomm pretende fazer o pedido de uso emergencial da vacina no Brasil em breve, com uma proposta de aplicação em dose única.

“A Agência indicou ao laboratório a necessidade de que as novas propostas de vacinas estejam alinhadas ao atual quadro epidemiológico do Brasil, incluindo as variantes predominantes em circulação da Covid-19 e o perfil de imunização atual”, diz a nota.

A Anvisa também informou que prestou orientações técnicas sobre o processo e antecipou “aspectos técnicos” que devem ser respondidos pelo laboratório para que o imunizante seja autorizado no país. Em maio deste ano, a Anvisa encerrou o pedido de uso emergencial da vacina Convidecia feito por outra empresa.

O que se sabe sobre a vacina da CanSino

No mês de fevereiro, a farmacêutica anunciou que os testes clínicos detectaram uma eficácia de 65,7% contra todos os casos sintomáticos da Covid-19, 28 dias após a aplicação da vacina. Nos casos graves, a eficácia é de 90,98%, quatro semanas depois de aplicada.

Assim como a Sputnik V, a vacina da AstraZeneca e da Johnson & Johnson, o imunizante é produzido a partir de um adenovírus não replicante, que transporta pedaços do material genético do SARS-CoV-2 e induz o organismo a produzir um resposta imune ao vírus.

Os ensaios clínicos da Convidecia foram desenvolvidos com 30 mil pessoas em cinco países: Paquistão, Rússia, Chile, Argentina e México. Os dados desses estudos serão analisados pela Anvisa.