PF prende quadrilha que comprava produtos com cédulas falsas na Região Metropolitana de Porto Alegre

Seis pessoas foram presas nesta manhã durante ofensiva

Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Sólon com o objetivo de desarticular quadrilha que utilizava cédulas falsas para comprar produtos na Região Metropolitana de Porto Alegre. A investigação teve início em maio e identificou que o grupo criminoso fazia uso de um site de anúncios de produtos usados para repassar notas falsas de real através da aquisição de televisores, videogames e smartphones.

Nesta manhã, 50 policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão nas cidades Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha e Imbé. Durante o cumprimento das buscas, outras duas pessoas foram presas, em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo.

Como agia a quadrilha

Um casal, identificado como responsável pelo gerenciamento da atividade criminosa, realizava a compra de moeda falsa, a filtragem de anúncios no site e mantinha contato com as vítimas pelo chat e, posteriormente, por aplicativo de mensagem utilizando perfil falso. Feita a negociação e combinada a retirada do objeto, o casal mantinha contato com comparsas, homens que se faziam passar por motoristas de aplicativo de transporte, e mulheres, que eram responsáveis por efetuar o pagamento com notas de 100 reais falsas, pertencentes a um mesmo lote de falsificação.

Em 2021, a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul tem registradas cerca de 100 ocorrências similares, que indicam que o grupo criminoso investigado na Operação Sólon tenha colocado em circulação mais de 150 mil reais em notas falsas. Conforme estatísticas da Polícia Federal, foram apreendidos, desde 2020, aproximadamente 500 mil reais em cédulas falsas de 100 reais na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A investigação aponta, ainda, para a participação do líder da organização em cerca de 40 grupos de aplicativos de mensagens destinados exclusivamente à prática de golpes variados, como geração de boletos falsos, falsificação de diplomas de instituições de ensino, compra e venda de cartões clonados e negociação de dados de terceiros para práticas de fraudes diversas. O investigado tem antecedentes por crimes de moeda falsa, roubo e receptação.

O nome da operação é uma referência ao estadista e legislador grego Sólon. Ele foi o idealizador da “teoria da desvalorização”, que desvinculou o valor da moeda da sua composição pura em ouro ou prata. Com isso, criou “moedas falsas”, misturando metais mais baratos em sua composição e atrelando o lastro do dinheiro à confiabilidade no governo, responsável pela sua emissão.

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