Comissão deve votar parecer da PEC dos Precatórios nesta quinta

Sessão foi remarcada para esta quarta-feira depois de novo adiamento para ajustes no texto

Novo adiamento foi feito para que o relator Hugo Motta faça novos ajustes no texto LUIS MACEDO/26.02.2015/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Depois de um novo adiamento, a Comissão Especial da PEC dos Precatórios da Câmara dos Deputados deve votar nesta quinta-feira (21) o parecer do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). A votação estava marcada para ontem (20), mas um novo adiamento foi feito para que o relator faça novos ajustes no texto. Caso o parecer seja aprovado, a PEC segue para o Plenário, onde precisará de pelo menos 308 votos favoráveis em dois turnos. O Governo Federal aposta na aprovação da proposta para custear o programa Auxílio Brasil, que deve substituir o Bolsa Família.

O substitutivo do relator altera o texto original do Executivo para conciliar o pagamento dos precatórios sem inviabilizar ações governamentais. Motta retirou do texto a proposta inicial de parcelar precatórios de valores altos em dez anos.

O relator propõe um teto para o pagamento dos precatórios que acompanhe o crescimento do país a cada ano e priorize os credores menores, já que eles são a maioria. Com a alteração, a correção está vinculada a valores de 2016, quando foi criado o teto de gastos do governo, e o limite para os precatórios vai girar em torno de R$ 40 bilhões no ano que vem.  A previsão anterior do governo para os valores totais dos precatórios era de cerca de R$ 89 bilhões.

Ainda segundo a proposta do relator, serão pagas primeiro em 2022 as chamadas Requisições de Pequeno Valor (RPV), dívidas de até R$ 66 mil, cuja soma é estimada em R$ 20 bilhões. Em seguida, cerca de R$ 18 bilhões em dívidas a idosos e pessoas com doenças graves.

Aqueles que não se enquadram nessas duas situações, poderão fazer acordo para receber o valor de uma só vez, com desconto de 40%. Outra opção é receber uma parte de 15% à vista e o saldo restante dividido em nove parcelas anuais. Os acordos serão feitos em tribunais específicos e regulados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).