Polícia Civil conclui investigação sobre morte de vendedor em frente a açougue em Alvorada

Inquérito aponta que óbito foi causado por agressão seguida por morte

Polícia Civil convocou coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira para anunciar a conclusão das investigações do crime. FOTO: Giovani Gafforelli/Rádio Guaíba

A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte do vendedor ambulante, Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos. Conforme o inquérito, o óbito do comerciante foi resultado de agressão seguida por morte, o que indica que os suspeitos não tiveram a intenção de matar Lovato. Conforme o delegado que investiga o caso, Edimar Machado, se condenados os suspeitos podem pegar de quatro à 12 anos de prisão.

Machado revelou que a Polícia Civil chegou a conclusão do crime após a análise dos vídeos das câmeras de segurança. “Nos vídeos fica claro o que ocasionou a morte, foi em decorrência dos socos e da queda dele no solo. O laudo confirma que foi uma batida forte na cabeça num instrumento contundente, e não dá pra afirmar que a intenção dos agressores era matar a vítima, porque são dois socos que viram uma queda. Um fato grave, resultou na morte, mas não dá pra dizer que eles tinham a intenção de matar”, explicou o delegado.

A diretora da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez, revelou que durante o julgamento do inquérito, o magistrado responsável, pode considerar a motivação do crime uma agravante no processo. Segundo ela, a Polícia Civil constatou que a confusão iniciou por “motivo fútil”: o preço da carne. A diretora confirmou que o crime não pode ser enquadrado como homicídio, pois não houve a intenção de matar Wagner de Oliveira Lovato. “Se considerássemos as agressões como homicídio todas as brigas de rua teriam que ser enquadradas desta forma”, detalhou. Conforme a titular da DHPP os resultados da investigação são baseados na técnica e não podem ser definidas na base da emoção.

Entenda o caso

Lotavo foi espancado após uma discussão, com um funcionário de um açougue em Alvorada, sobre o preço da carne. Ao sair do estabelecimento comercial, Lovato foi agredido a socos e pontapés por dois homens. Tratam-se do gerente da loja de carnes que estava de folga e de um amigo deste. Ferido gravemente e com traumatismo craniano, Wagner morreu no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

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