Ministro do Turismo lamenta a falta de apoio de governadores e prefeitos que “dificultam as viagens pelo país”

Gilson Machado também criticou a necessidade de apresentação de passaporte vacinal para viajar dentro do país

Foto: Reprodução / Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Na tarde desta terça-feira(19),

 

O ministro do Turismo, Gilson Machado, defendeu o turismo interno, feito por brasileiros dentro do território nacional e disse que é necessária a colaboração dos governadores brasileiros. Apoio que, na visão do chefe da pasta, não existe apenas por questões políticas. “Quem sairá prejudicado nisso tudo é Brasil que deixa um dos setores mais explorados pelos grandes países do mundo, como a França, sem gerar renda apesar de toda sua riqueza”, destacou Machado. Ele participou, na tarde desta terça-feira, da edição comemorativa de um ano do programa Boa Tarde Brasil.

“O turismo no Brasil é tratado como o ‘patinho feio’ da política. O que o governo do presidente Jair Bolsonaro está fazendo é voltar a valorizar essa área que gera dinheiro limpo ao Brasil, que gera empregos para a população”, ressaltou durante a conversa com Julio Ribeiro e os convidados. A expectativa da pasta é que ainda neste ano o governo invista mais na divulgação internacional do país como destino turístico. Gilson Machado destacou, porém, que os estados precisam ser facilitadores para ingresso de pessoas no país.

“O México, além de investir mais de 500 mil dólares em divulgação internacional, dispensou a necessidade de visto prévio para aqueles que queiram ingressar no país com as finalidades de turismo porque sabia que muitos não possuem passaportes. O país se tornou um dos destinos mais procurados na pandemia”, pontuou.

O ministro também criticou a necessidade de apresentação de passaporte vacinal para viajar dentro do país. A decisão de exigir o teste PCR, por exemplo, acaba desestimulando as viagens. “Infelizmente, essas questões ainda estão sob a tutela de governadores e prefeitos que insistem nessas políticas. O cidadão está se lascando, comprando passagens parceladas, se matando para fazer uma viagem e chega ao estado do seu destino, como o Ceará, e precisa fazer um teste de PCR que custa, em média R$ 150,00. Se ele leva a família, por exemplo, serão mais de R$ 500,00 gastos só com isso”, destacou.

O Ministério do Turismo também pretende expandir a atuação da pasta no Rio Grande do Sul no ano que vem. Por meio de um investimento, ainda não definido, a região das Missões possui atrativos que podem gerar um lucro expressivo na área do turismo religioso. “Se na Espanha nós temos o caminho de Santiago de Compostela, no Brasil nós podemos criar algo parecido na região das Missões aí no Rio Grande do Sul”, completou Gilson Machado.