Ataque a tiros mata duas pessoas e deixa outras três feridas na zona Norte de Porto Alegre

Atiradores agiram em frente a uma associação comunitária no bairro Rubem Berta, onde ocorria uma festa

Guarita ficou destruída pelo carro desgovernado onde estavam as vítimas fatais | Foto: Alina Souza / CP

Um ataque a tiros, ocorrido no final da noite desse domingo na Associação Comunitária Parque dos Maias (Acopam), zona Norte de Porto Alegre, deixou duas pessoas mortas e três feridas. No local, acontecia desde a tarde de ontem um campeonato de futebol amador, que foi seguido de uma festa com um grupo de pagode.

As primeiras informações apontam que quatro homens armados chegaram em dois veículos. Os suspeitos começaram a efetuar os disparos de fuzil e pistola contra um Toyota Corolla, de cor branca, que preparava-se para sair pelo portão. O veículo desgovernado chocou-se e destruiu a guarita de alvenaria da portaria. No carro crivado de tiros morreu o motorista, de 40 anos, com antecedentes criminais.

Já a segunda vítima fatal, um adolescente de 17 anos, encontrava-se em um Land Rover Discovery Sport, também alvejado pelos disparos. Houve pânico entre as pessoas presentes, sendo atingidas três pessoas que estavam próximas. Feridas, sendo que uma está em estado grave, elas foram socorridas e hospitalizadas. Já um Renault Sandero com placas clonadas, usado pelos atiradores, foi abandonado nas imediações. Os criminosos embarcaram em um outro automóvel para a fuga.

A 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (3ª DPHPP) da Polícia Civil, sob comando do delegado Luis Antônio Reis Firmino, investiga o ataque. “A provável  motivação foi discussão anterior entre ele e indivíduos desconhecidos”, declarou o delegado Firmino à reportagem do Correio do Povo na manhã desta segunda-feira.

O delegado explicou que a investigação ainda irá analisar o que foi apreendido depois do crime. “Os veículos e objetos apreendidos serão encaminhados ao Instituto-Geral de Perícias (IGP)”, adiantou. “E serão ouvidas as vítimas sobreviventes bem como algumas testemunhas”, observou ainda o titular da 3ª DPHPP.

Vizinho da associação comunitária, um morador, de 61 anos, que pediu para não ser identificado, contou nesta manhã ao Correio do Povo que possivelmente foram desferidos mais de 50 tiros pelo que escutou dos estampidos. “Pensa em um filme de guerra…foi uma zona de guerra o que ocorreu aqui. Houve pânico com pessoal correndo na rua para cima e para baixo…gritaria…Foi um horror”, relatou. Ele estimou que a festa reunia em torno de 50 pessoas. “Os tiros começaram em torno da meia-noite. Eram rajadas”, avaliou. “Foi algo planejado…talvez do tráfico de drogas”, supôs.

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