Transmissão de Covid-19 no Brasil é a menor desde abril de 2020, aponta Imperial College

Com o avanço da campanha de vacinação no país, índice caiu para 0,60 nesta semana

Foto: Ricardo Giusti / CP

A taxa de transmissão (RT) do Sars-CoV2 no Brasil é a menor registrada desde abril do ano passado, quando começou a ser aferida, de acordo com levantamento do Imperial College de Londres. O índice de 0,60, anunciado nesta terça-feira indica que cem pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 60 e reverte a tendência de alta observada há duas semanas, quando chegou a 1,04. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com a margem de erro calculada pela universidade britânica, a taxa brasileira atual pode variar de 0,24 a 0,79. Quando está abaixo de 1 a taxa indica que a propagação do vírus está em declínio. O oposto ocorre quando ela está acima de 1, indicando aumento. A RT é considerada uma das principais referências da evolução da pandemia de Covid-19.

O levantamento estima que o Brasil deve registrar cerca de 1,6 mil mortes nesta semana (podendo variar de 942 a 1.820) – um pouco menos do que o registrado na semana passada, 1.636.

Até a última segunda-feira, foram registrados 237 milhões de casos de Covid-19 em todo o mundo, e 4,84 milhões de mortes.

Brasil atingiu 600 mil mortes no dia 8

Na última sexta-feira, o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortos pela Covid-19. Trata-se de um número maior do que as populações de sete capitais do País, entre elas, Florianópolis e Vitória.

O avanço da vacinação e a queda do número de infectados indica uma sensação de que o pior da pandemia já passou. Mas especialistas advertem que o patamar de vítimas ainda é alto – perto de 500 pessoas por dia e que são necessárias doses de reforço e atenção com as sequelas provocadas pelo vírus.

O balanço mais recente indica 601.266 mortes no País. O indicativo de avanço da vacinação fica claro com os números, afinal, o País se aproxima de marcas importantes: são quase 100 milhões de pessoas totalmente imunizadas (com dose única ou duas doses) e quase 150 milhões de brasileiros imunizados parcialmente.

Relatório do Observatório da Covid-19, da Fiocruz, indica que o fim da crise sanitária deve ocorrer nos primeiros meses do ano que vem, embora especialistas divirjam sobre o prazo. “O fim da pandemia não representará o fim da ‘convivência’ com a Covid-19, que deverá se manter como doença endêmica e passível de surtos mais localizados”, reitera o texto da instituição.