Frente parlamentar vai acompanhar desdobramentos da CPI da Covid

Presidente Jair Bolsonaro deve ser responsabilizado por crimes em relatório final

Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 se aproxima da conclusão dos trabalhos, mas os senadores vão continuar a acompanhar os desdobramentos dela, após a entrega do relatório final, com a criação da “Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19”. A iniciativa deve cobrar providências das autoridades sobre as recomendações do relatório da comissão e servir como um canal permanente de denúncias, além de conduzir novas investigações no âmbito do enfrentamento à pandemia.

A ideia da criação de um observatório da pandemia partiu da senadora Zenaide Maia (Pros-RN). Segundo ela, “é preciso cobrar providências das autoridades sobre as recomendações do relatório final da CPI da Covid, para que ninguém se esqueça do que aconteceu com os brasileiros nessa pandemia; Para que os responsáveis sejam efetivamente punidos; E para que nunca mais esse morticínio aconteça”.

A leitura do relatório final está marcada para o dia 19, enquanto a votação deve ocorrer já no dia seguinte. Mesmo após o encerramento dos trabalhos da CPI, os senadores querem a realização de reuniões regulares. Em 21 de outubro, parlamentares da Comissão remetem o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro deve ser indiciado

O presidente Jair Bolsonaro, deve ser alvo de indiciamento por 11 crimes, incluindo o de responsabilidade, contra a saúde pública e contra a humanidade. “Na sequência, no dia 26 de outubro, estaremos com (Arthur Lira) o presidente da Câmara dos Deputados se for confirmado e tudo indica que será, a ocorrência de crime de responsabilidade”, detalhou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O senador disse também que “outros alvos da CPI que possuem foro privilegiado terão os indiciamentos direcionados à Procuradoria da República do Distrito Federal”.

Além de acompanhar os indiciamentos da CPI, a frente vai acompanhar outras investigações de escândalos e irregularidades no enfrentamento à Covid. Uma das ações, segundo Randolfe, é a entrega dos trabalhos produzidos à força-tarefa do Ministério Público de São Paulo que investiga a operadora de saúde Prevent Senior. “Não pode tanto trabalho feito simplesmente ser desperdiçado, sem consequência. A memória de 600 mil brasileiros exige e cobra de nós providências e nós as cumpriremos”, justificou.

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