Pesquisa revela que país tem 1,4 milhão de trabalhadores em aplicativos

Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Brasil tem um número aproximado de 1,4 milhão de trabalhadores em atividades de aplicativo de transporte de passageiros e de mercadorias no Brasil, a chamada Gig economy, termo que caracteriza relações laborais entre funcionários e empresas que contratam mão de obra para realizar serviços esporádicos e sem vínculo empregatício. É o que revela uma pesquisa inédita divulgada hoje, 7, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua) e na Pnad Covid-19.

Os dados coletados mostram que, no primeiro trimestre de 2016, o número de pessoas ocupadas no transporte de passageiros na Gig economy era de cerca de 840 mil. No primeiro trimestre de 2018, esse quantitativo atingiu 1 milhão de trabalhadores e chegou ao ápice no terceiro trimestre de 2019, com 1,3 milhão de pessoas.

Em função dos reflexos da pandemia de Covid-19, houve redução ao longo de 2020, mas se estabilizou nos dois primeiros trimestres de 2021 em 1,1 milhão de pessoas ocupadas em transporte de passageiros no regime de conta própria, valor 37% superior ao do início da série, em 2016.

Já para o transporte de mercadorias, o número passou de 30 mil trabalhadores em 2016 para 278 mil no segundo trimestre de 2021, uma expansão de 979,8% no período. Além disso, a pesquisa do Ipea mostra que, em média, entre o primeiro trimestre de 2016 e o segundo de 2021, 5% das pessoas ocupadas nas atividades de transporte de passageiros e de mercadorias, por conta própria, tinha a atividade como um trabalho secundário. O ápice dessa porcentagem foi no terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia, quando 7,4% dos trabalhadores faziam dupla jornada com outra ocupação principal.

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