Os cientistas Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Parisi vão dividir o Prêmio Nobel de Física por suas pesquisas que ajudaram a compreensão de sistemas físicos complexos, anunciou a Real Academia de Ciências da Suécia nesta terça-feira (5).
Concedido há mais de um século, o Prêmio Nobel oferece valor equivalente a R$ 6,2 milhões (10 milhões de coroas suecas) a seus vencedores. No ano passado, os pesquisadores Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez dividiram o Nobel de Física por suas descobertas sobre buracos negros.
Manabe e Hasselmann levaram a metade da condecoração por pesquisas que preveem o aquecimento global de forma confiável. Ao citar Manabe, a Academia de Ciências da Suécia diz que o cientista “demonstrou como o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera leva à elevação das temperaturas na superfície da Terra”.
Parisi, por sua vez, conquistou sozinho a outra parte do prêmio pela descoberta da interação da desordem e das flutuações em sistemas físicos de escalas atômicas. “Ele descobriu padrões ocultos em materiais complexos desordenados, que estão entre as contribuições mais importantes para a teoria dos sistemas complexos”, aponta a Academia de Ciências da Suécia.
Na segunda-feira (4), as descobertas de receptores para temperatura e tato renderam o Nobel de Medicina aos cientistas norte-americanos David Julius e Ardem Patapoutian. As premiações seguem até a próxima segunda-feira (11), com a consagração dos prêmios de Química, Literatura, Paz e Economia.