Um encontro na sede do PSB reuniu, na tarde desta quinta-feira, os presidentes estaduais do PT, PDT, PSol, PCdoB e PSB no Rio Grande o Sul. Além dos dirigentes, também participaram um porta-voz da Rede Sustentabilidade e um integrante do Cidadania (a direção do partido não mandou representante). Oficialmente, a reunião tratou da mobilização para os atos do dia 2 de outubro contra o presidente Jair Bolsonaro. Também foram convidados dirigentes do PV e do SD, que não compareceram.
Idealizador da reunião, o presidente do PCdoB gaúcho, Juliano Roso, disse que a pauta tratou somente de preparativos para os atos do sábado, e que “passou longe” de qualquer menção às eleições ou à possibilidade de alianças para 2022. “Foi uma reunião ótima, todo mundo falando a mesma língua, um clima bom mesmo. Mas tratamos exclusivamente do dia 2. Não podemos confundir essa mobilização com a questão eleitoral”, esclareceu.
De acordo com o dirigente, também não há relação entre o encontro e o fato de o Congresso Nacional ter derrubado, nesta semana, o veto presidencial ao projeto que permite a formação de federações partidárias nacionais a partir de 2022. Nelas, diferentes siglas podem se unir por um período mínimo de quatro anos e atuar como legenda única, com programa político comum. A manutenção das federações beneficia siglas que devem seguir enfrentando dificuldades para cumprir as exigências da chamada cláusula de barreira, entre elas o PCdoB, o PSol e a Rede.
O PCdoB, que dependia da definição sobre as federações para dar início aos debates sobre o pleito de 2022, vai realiza, em 3 de outubro, domingo, o congresso estadual no Rio Grande do Sul. Já o nacional ocorre de 15 a 17 de outubro.