Com inauguração de centro de vacinas em BH, Brasil espera ter autonomia na produção em 2022

Bolsonaro inaugurou pedra fundamental do Polo Nacional de Imunizantes, que vai ser construído em parceria com a UFMG

Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil

O governo federal espera que o Brasil alcance autonomia na produção de vacinas a partir de 2022 com a construção do Centro Nacional de Imunização, a ser erguido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) inaugurou, nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, a pedra fundamental que marca o início do projeto, que prevê aporte de R$ 50 milhões da União e R$ 30 milhões do governo de Minas Gerais.

Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, detalha que o laboratório vai ter capacidade de desenvolver projetos com tecnologia 100% nacional, fazer conexões com as indústrias e promover testes pré-clínicos e clínicos de vacinas contra diversas enfermidades. Com o lançamento, o representante do governo classificou a UFMG como a “Oxford brasileira”.

“O Brasil nunca foi capaz de fazer as suas próprias vacinas completamente. Agora, nós teremos condições de produzir no país a tecnologia de vacina, o insumo farmacêutico e a distribuição que já fazemos bem”.

Na prática, o projeto vai expandir os trabalhos do atual laboratório da universidade, conhecido como CT Vacinas, transformando-o em um polo nacional de desenvolvimento de imunizantes, fármacos e kits de testagem. A estrutura vai ser construída em um terreno de 4,4 mil metros quadrados no BH-Tec (Parque Tecnológico de Belo Horizonte), ao lado do campus Pampulha da UFMG.

Bolsonaro em BH
A visita do presidente a Belo Horizonte integra a série de eventos que marca os mil dias de gestão. Durante a cerimônia realizada na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais, Bolsonaro também sancionou o projeto que libera R$ 2,8 bilhões para a modernização, ampliação e privatização do metrô da capital mineira. Parte do valor deve ser usada para a construção de uma nova linha de trens na cidade.

No discurso, o chefe do Executivo também voltou a criticar o passaporte da vacina adotado em algumas cidades e defendeu o direito à liberdade religiosa.