A Justiça de São Paulo determinou que a operadora de saúde Prevent Senior deposite a quantia de R$ 1,92 milhão em juízo para o pagamento do tratamento do paciente Carlos Alberto Reis, que tomou o chamado “kit Covid” em um hospital da rede sem ter sido internado em UTI, conforme a decisão, baseada em um relatório médico.
O aposentado concluiu o tratamento no Hospital Albert Einstein, para onde acabou sendo transferido pela família, que agora cobra da Prevent Senior o pagamento da conta.
A decisão judicial é de segunda-feira, e cabe recurso. Procurada, a Prevent Senior não havia se manifestado até a noite desta quarta.
Segundo a decisão do juiz Guilherme Santini Teodoro, da 30ª Vara Cível, o relatório médico do caso aponta que a internação no Einstein teve de ser mantida por período prolongado “por causa das intercorrências e atrasos no tratamento adequado no hospital Sancta Maggiore”, da Prevent Senior.
Na decisão, o juiz cita ainda “elementos indicativos de falha em atendimento médico-hospitalar”. Santini determinou que a empresa deposite, em até cinco dias, os quase R$ 2 milhões, que ficarão reservados para o pagamento da conta do Albert Einstein.
A Prevent Senior vem sendo alvo de seguidas denúncias de médicos e ex-médicos em relação à obrigatoriedade de fornecer o ‘kit Covid’ a pacientes e à possível adulteração de atestados de óbitos provocados pelo coronavírus. O caso chamou a atenção da CPI da Covid, que passou a investigar o tema. A operadora nega irregularidades.