O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou na noite desta segunda-feira (27), em entrevista concedida ao jornalista Augusto Nunes, do Portal R7, sobre a suposta expectativa de que ele anunciasse uma intervenção no STF. “Sei bem o meu lugar. Sei que não estou representando a mim. Sei da importância de o Brasil continuar numa normalidade,” afirmou. “Você não pode dar um cavalo-de-pau num transatlântico. Eu sabia das consequências. Você sai carregado no colo, nos braços, naquele dia. E o after day? O dia seguinte? Como fica o Brasil perante o mundo? Como o dólar se comportaria no dia seguinte?” questionou. “O 7 de Setembro [os atos] foi todo pensando em o que fazer no dia seguinte, a expectativa é enorme.” disse Bolsonaro. ”
O presidente disse também que pretende indicar outro evangélico para ser ministro do STF Supremo caso o nome de André Luiz Mendonça seja reprovado na sabatina do Senado. “No meu compromisso que eu fiz junto aos evangélicos, será outro evangélico. Eu acho que o André vai dar certo”, disse. “Eu não sofri pressão de ninguém pelo André. Assim como pelo Kassio, que conheci há aproximadamente dois anos. Era um nome que passaria com facilidade lá. Você tem que medir. Tome tubaína comigo e passe por aquele gargalo que é o Senado brasileiro,” completou.
Sobre o ex-juiz Sérgio Moro, Bolsonaro disse que acha que ele tinha um objetivo. “Ele [Moro] abriu mão de 23 anos de magistratura. Isso [faz] você dar crédito à pessoa. Mas depois tinha uma agenda muito própria dele aqui. Era difícil a gente se entender com o passar do tempo. Era uma agenda dele. Quantos ministros eu cheguei e disse: olha esse seu secretário aqui, troca que vai dar problema. O Moro, quando eu falava que tinha que trocar um superintendente, e ele que ia indicar o substituto, ele espanava, não queria tratar desse tipo de assunto, como se fosse um ministério totalmente dele”, afirmou.