Para reduzir custos pessoais, Queiroga muda de hotel em NY

Ministro da Saúde decidiu diminuir os custos com as instalações, já que gastos extras serão pagos do próprio bolso

Foto: Walterson Rosa / MS / Divulgação

Isolado em Nova York desde que recebeu o diagnóstico de Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu gastar menos com hospedagem. De acordo com informações apuradas pelo R7, ele já realizou a transferência, optando por uma acomodação dentro da diária de US$ 460 que, como ministro de Estado, pode ter direito. O valor é equivalente a cerca de R$ 2,5 mil por dia, nos valores atuais do dólar.

Ao fim do isolamento, contando 14 dias completos e considerando o teto de US$ 460, serão aproximadamente R$ 34 mil em diárias pagas com verba federal, além da passagem de volta, já que Queiroga perdeu carona na aeronave presidencial ao ser obrigado a permanecer nos Estados Unidos cumprindo a medida sanitária.

Só com hospedagem no quarto mais barato do hotel onde o ministro permanecia, o Intercontinental Barclay, ao fim da quarentena, os gastos tinham potencial de chegar a R$ 28,4 mil, incluindo taxas e o café da manhã. No site do estabelecimento, o portal R7 simulou ainda uma escolha mais luxuosa, chegando a um valor de R$ 73,5 mil pelo mesmo período. O R7 ligou para o hotel, na tarde desta sexta-feira, sendo informado de que não havia hóspedes com o nome do ministro.

Somando as diárias com a passagem, o governo federal deve custear com aproximadamente R$ 50 mil a continuidade da viagem de Queiroga, mas valores que ultrapassarem a cota do dia devem ser arcados pelo ministro.

A ideia inicial era manter Queiroga no mesmo quarto de hotel a fim de evitar a disseminação do vírus no caso de mudanças de ambiente. Mas a estratégia mudou devido aos custos e, segundo o ministério da Saúde, o trajeto seguiu os protocolos sanitários, sendo feito em segurança.

Com resultados negativos para a Covid-19, toda a comitiva de Bolsonaro, que participou da 76ª Assembleia Geral da ONU, voltou ao Brasil no início da semana, deixando apenas Queiroga para trás. No entanto, os aproximadamente 50 integrantes do governo e contactantes foram instruídos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a cumprirem quarentena no Brasil e se submeterem a novos exames.

Nesta sexta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) confirmou o resultado positivo para a Covid-19. Ele fazia parte da comitiva que viajou a Nova York.

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