Brasil deve receber mais 226 milhões de vacinas no último trimestre

Entre outubro e dezembro haverá terá entregas de 100 mi de doses da Pfizer, 50 mi da Fiocruz, 36 mi da Janssen, além do Covax Facility

Brasil deve receber mais 226 mi de vacinas no último trimestre | Foto: Alina Souza/CP

O Ministério da Saúde prevê o recebimento de mais de 226,7 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 entre outubro e dezembro deste ano. Até quarta-feira da semana passada, a pasta já havia enviado às unidades da federação 265,8 milhões de doses.

As entregas esperadas para o quarto trimestre envolvem os seguintes quantitativos:

• Pfizer: 100 milhões de doses
• Fiocruz (AstraZeneca): 50 milhões de doses
• Janssen: 36,2 milhões de doses
• Covax Facility (em confirmação): 27,4 milhões de doses
• Instituto Serum da Índia (AstraZeneca): 8 milhões de doses
• Covax Facility (AstraZeneca): 5,11 milhões de doses

O Instituto Butantan já concluiu todas as remessas dos contratos de 100 milhões de doses da CoronaVac que tinha com o Ministério da Saúde. O ministro Marcelo Queiroga tem dito que a vacina só voltará ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) se obtiver o registro definitivo junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Desde janeiro, a CoronaVac é aplicada sob autorização de uso emergencial.

Recentemente, Queiroga chegou a falar que havia vacinas de sobra no Brasil, o que foi rebatido por alguns prefeitos de cidades onde faltava AstraZeneca para segunda dose. Questionado, o ministro ressaltou que o desabastecimento só ocorre em municípios que não seguem o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19. “Isso não é aposta de corrida de Fórmula 1. É uma campanha de imunização”, disse na semana passada.

Em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro garantiu que todos os brasileiros estarão completamente imunizados até novembro. Todavia, cerca de 15 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais ainda não receberam a primeira dose. Outros 55,8 milhões precisam tomar a segunda dose.

Com isto, o país necessita de aproximadamente 70 milhões de doses para concluir a imunização dos adultos. Também está em andamento a aplicação das doses de reforço em idosos acima de 70 anos que tomaram a segunda injeção há mais de seis meses, além de uma terceira dose para indivíduos imunossuprimidos de qualquer idade que tomaram a segunda há mais de 28 dias.

O Ministério da Saúde mantém a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades, mas passou a não recomendar que os sem comorbidades sejam vacinados. A medida foi criticada por sociedades médicas e especialistas, e a maioria dos estados optou por continuar a vacinação com o único imunizante autorizado, que é o da Pfizer.