Caso Kiss: júri segue mantido no Foro Central de Porto Alegre

Sede da Amrigs, sugerida pela associação de familiares de vítimas e sobreviventes, não conta com Alvará de PPCI

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo

A justiça manteve, nesta quarta-feira, a escolha do Plenário do Foro Central I, no bairro Praia de Belas, para a realização do júri que apura as responsabilidades do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a partir do dia 1º de dezembro. A decisão, do juiz Orlando Faccini Neto, do 2° Juizado da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, se baseia em uma manifestação da equipe técnica do Tribunal de Justiça.

Segundo o TJ, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), no bairro Partenon, sugerida como possível sede para as audiências, ainda não conta com Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (APPCI). O pleito para a reconsideração do local escolhido havia sido formulado pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que apontou o auditório da Amrigs como ideal para sediar o julgamento. Em decisão no dia 8 de setembro, o magistrado já havia negado sugestões de outros locais apontados pela entidade, por não atenderem a critérios de logística e segurança.

No mês passado, a AVTSM começou uma mobilização para garantir que familiares das vítimas da tragédia da boate Kiss possam acompanhar o julgamento dos réus. Como deve durar entre dez e 15 dias, o júri vai exigir gastos com hospedagem, alimentação e transporte por parte dos familiares.

A tragédia da Kiss ocorreu em 27 de janeiro de 2013. O incêndio resultou em 242 mortes e 636 pessoas feridas em uma festa no local. Quatro envolvidos na tragédia serão julgados quase oito anos depois do incêndio.

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