Silva e Luna: crise hídrica deve durar até novembro

Presidente da Petrobras participou de Comissão Geral da Câmara sobre preços de combustíveis, nesta terça

Foto: Cleia Viana / Divulgação

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse na Comissão Geral da Câmara, nesta terça-feira que a crise hídrica deve durar até novembro, mas que a estatal vai honrar todos os contratos de fornecimento para as termelétricas até lá.

“Estamos comprometidos com a crise, passamos de dois para oito giga nossa capacidade de entrega de gás e ampliamos o número de navios. Temos uma crise hídrica que se arrasta há algum tempo e deve perdurar até novembro”, afirmou.

Luna disse mais cedo que o presidente Bolsonaro nunca interveio diretamente na empresa desde que assumiu o comando da estatal e que segue atuando conforme a previsão legal.

Sobre as altas de preços dos combustíveis, ele disse que existe um aceno de estudo para redução. “O presidente Bolsonaro tem reiteradamente falado que o preço do combustível está alto. Numa reunião com o governador do Rio ele fez um aceno que eu considero relevante, ele disse -vamos reunir todos nós, e fazer uma conversa, todos os que participam da cadeia e analisar uma forma de reduzir os componentes que integram o valor do preço final.- Penso que é uma excelente proposta”.

O general participou de um debate sobre a situação da operação das termelétricas, o preço dos combustíveis e outros assuntos relacionados à empresa no plenário da Câmara.

O presidente da Câmara, Arthur Lira se ausentou da sessão quando ela chegou à metade, aproximadamente. Em uma explanação inicial, ele apenas se concentrou no script do processo, sem comentar o tema.

A expectativa sobre um posicionamento do presidente da Câmara era grande porque ontem à noite ele criticou a gestão da Petrobras, causando forte reação nos papéis da petroleira no after hours em Nova York. “Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã hoje, a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”, escreveu, no Twitter.

O posicionamento de Lira ocorreu na sequência de ataques feitos à política de preços da Petrobras – realizados da oposição a membros do governo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro – diante da alta da inflação.