Após 48 dias, Corpo de Bombeiros encerra buscas pelo menino Miguel

IGP confirmou presença de material biológico da criança em mala apreendida na noite de 29 de julho na beira do rio Tramandaí, em Imbé

Foto: CBMRS/Divulgação

Após 48 dias, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) encerrou, na tarde desta terça-feira, as buscas pelo corpo do menino Miguel, de sete anos, em Imbé, no litoral Norte. Foi o que confirmou, ao Correio do Povo, o comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio, que coordenou as buscas na orla entre Mostardas e Torres, sem que nada tenha sido encontrado.

“Foram utilizadas aeronaves, cães farejadores, buscas em terrenos baldios, varreduras em locais de encalhe, recebemos apoio de embarcações e do efetivo da Marinha e da Patram (Patrulha Ambiental), informações de pescadores e da população local, realizamos o patrulhamento pela areia em toda a extensão do 9° Batalhão de Bombeiros. Enfim, depois que todos os meios foram esgotados, não há mais razões técnicas para persistirem as buscas”, explicou o comandante.

A mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, e a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23, seguem no sistema prisional. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que apontou os crimes de tortura, homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. A 1ª Vara Criminal de Tramandaí aceitou a denúncia e ambas passaram a ser rés no processo.

Ainda na manhã desta terça, o Instituto-Geral de Perícias havia confirmado a presença de material biológico de Miguel na mala apreendida na noite de 29 de julho na beira do rio Tramandaí, em Imbé. Um dia depois do desaparecimento de Miguel, a mãe, Yasmin, procurou a polícia para relatar a ocorrência, mas confessou ter dopado o filho e jogado o corpo nas águas – a companheira, Bruna, confessou participação no crime em seguida.

A confirmação do material genético na mala vem sendo tratada como uma forma de comprovar o destino da vítima, mesmo sem a localização do corpo. Para obter o material genético, a Divisão de Genética Forense comparou o material obtido na mala com o de uma camiseta infantil vermelha usada pelo menino. Exames anteriores feitos pelo IGP já haviam comprovado que o sangue localizado na roupa pertencia ao garoto.

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