O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), deve entregar o relatório final em 24 de setembro, um mês e meio antes do prazo final da comissão. Calheiros, que já havia afirmado a intenção de concluir o relatório antes dos 90 dias previstos para funcionamento da CPI, vem trabalhando mais intensamente, nas últimas semanas, nos detalhes do documento.
Durante a semana do 7 de Setembro, o senador e a equipe dedicada à análise dos documentos entregues à comissão intensificaram as reuniões para fechar o relatório, que deve apontar irregularidades em negociações de vacina, disseminação de informações falsas e defesa da tese da “imunização de rebanho” por parte do governo e apoiadores.
A CPI pode funcionar até os primeiros dias de novembro, mas a cúpula da comissão já prevê o encerramento no fim de setembro. Após a apresentação, o relatório de Renan Calheiros, precisa do voto favorável da maioria dos senadores da Comissão. O documento, então, segue para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai ter 30 dias para se manifestar sobre os indiciamentos eventualmente solicitados pela CPI.
Nesta semana, a CPI retoma os trabalhos presenciais com os depoimentos de Marcos Tolentino, advogado próximo ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e Marconny Albernaz de Faria, também advogado.
Tolentino é apontado como sócio oculto da empresa Fib Bank, que garantiu o contrato de R$ 1,6 bilhão da Precisa Medicamentos com o governo federal. Já Albernaz é apontado como lobista da Precisa junto ao Ministério da Saúde.