O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB-RS), falou nesta quarta-feira sobre a crise hídrica no Brasil e comentou que o País pode ter apagões, a exemplo do que disse ontem o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “É possível que haja algum apagão, como o ministro (Bento Albuquerque) falou. Vamos torcer para que a matriz hidroelétrica do Brasil não entre em colapso”, destacou.
Mourão afirmou ainda que a maior parte da água do País é utilizada para a agropecuária e para a geração de energia. “O consumo humano é a menor parte, então tem que haver uma dosagem disso aí. Vejo que é algo que devemos enfrentar nos próximos anos se não houver uma recuperação plena dos nossos reservatórios”, completou.
O vice-presidente defende que o governo tem tomado as medidas necessárias para amenizar as consequências da crise hídrica no Brasil. “O governo está acompanhando diuturnamente e tomando as medidas necessárias”. A campanha de redução do consumo da água do governo federal está prevista para começar em setembro, segundo Mourão. “Se (a equipe técnica) não tomou uma medida mais rígida antes, foi porque avaliaram que não era o caso”, considerou.
Marco temporal
O vice-presidente ressaltou que o marco temporal de terras indígenas é uma “discussão ultrapassada”. De acordo com ele, a partir do momento que o legislador constituinte determinou todas as questões relativas à propriedade de terra, o marco temporal estabelecido é o de 5 de outubro de 1988.
“Hoje, temos mais de 900 mil km² de terras indígenas. É o primeiro país do mundo com o maior número de terras indígenas disponíveis para seus povos originais”, disse.
Relação com Bolsonaro
Ao ser questionado sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mourão afirmou que pode conversar Bolsonaro a qualquer momento. “Sempre tenho assunto para conversar com ele, não falta assunto. Na hora que ele me chamar, eu estou pronto (para conversar)”.