Bolsonaro: Inquérito do TSE sobre ataques à urna é tentativa de intimidação

Presidente voltou a fazer críticas ao Judiciário

Foto: Isac Nóbrega / PR / Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro voltou a reforçar críticas contra o Judiciário, nesta quarta-feira. Em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que a abertura de investigação sobre as declarações que deu contra o sistema eleitoral, assim como a inclusão do nome dele no inquérito das fake news, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), são uma tentativa de intimidação.

“Não vai ser um inquérito, agora na mão do querido senhor Alexandre de Moraes, para tentar intimidar. Ou – lamento – o próprio TSE [Tribunal Superior Eleitoral] tomar certas medidas para investigar e me acusar de atos antidemocráticos”, disse. “Eu posso errar, mas tenho o direito de criticar. Não estamos errados. Não erramos!”, completou.

Para o presidente, é uma irregularidade que as investigações contra ele não tenham partido do Ministério Público Federal (MPF). “Um presidente da República pode ser investigado? Pode. Em um inquérito que comece no Ministério Público e não diretamente de alguém interessado.” “Eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição, e jogo, se preciso for, com as (mesmas) armas do outro lado”, disse.

O presidente declarou ainda que teve acesso, “há algumas horas”, a novas informações comprovando a vulnerabilidade do sistema eleitoral. A versão dada por Bolsonaro, entretanto, já havia sido rebatida pelo TSE e veículos de imprensa em novembro do ano passado.

Mesmo depois de a suspeita ser desmentida, durante a entrevista, o presidente questionou a suposta inércia da Corte em não buscar solução para a questão que levantou. “O que me surpreende – mas não me surpreende muito não – é que o TSE deveria ser o primeiro interessado em buscar solução para isso e admitir o possível erro”, afirmou. Para Bolsonaro, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, está mentindo e interessado em não mudar nada.

Bolsonaro também disse que deseja eleições limpas e tranquilas em 2022. “Quem perder toca o barco.” “Querem colocar o presidiário na boca do gol sem goleiro para bater o pênalti”, completou, na sequência, sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

*Com informações da Agência Estado

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