Alison conquista bronze em Tóquio e quebra jejum de 32 anos sem medalhas no atletismo individual

Brasileiro marcou melhor tempo da vida (46s72), sendo superado apenas por norueguês, novo recordista mundial, e norte-americano

Foto: Wander Roberto/Divulgação/COB

O atletismo brasileiro está mais uma vez no pódio olímpico. O paulista Alison dos Santos conquistou, nesta terça-feira, em Tóquio 2020, a medalha de bronze nos 400 metros com barreira, com o tempo de 46s72. O norueguês Karsten Warholm cravou o novo recorde mundial (45s94), seguido pelo norte-americano Rai Benjamin (46s17).

Confira o resultado final:
Karsten Warholm (1) – Noruega – 45s94 (recorde mundial)
Rai Benjamin (2) – Estados Unidos – 46s17
Alison dos Santos (3) – Brasil – 46s72
Kyron McMaster (4) – Ilhas Virgens Britânicas – 47s08
Abderrahman Samba (5) – Qatar – 47s12
Yasmani Copello (6) – Turquia – 47s81
Rasmus Magi (8) – Estônia – 48s11
Alessandro Sibilio (19) – Itália – 48s77

Desde Seul 1988, com Joaquim Cruz (prata nos 800 metros) e Robson Caetano (bronze nos 200 metros), o atletismo brasileiro permanecia sem medalha em provas individuais de pistas. Foram 32 anos de jejum. Nesse meio tempo, é verdade, representantes do revezamento, da maratona e dos saltos também fizeram bonito.

Mas a medalha de Alison representa mais do que a 17ª conquista da modalidade. É também a volta do respeito ao uniforme verde-amarelo nas pistas de atletismo. O brasileiro desembarcou na capital japonesa como o terceiro colocado do ranking mundial e não se intimidou com os adversários.

Pelo contrário, o menino de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, já se escondeu demais e hoje mostra o rosto para o mundo. Por conta de queimaduras no corpo, que o reservaram momentos de muita timidez na adolescência, ele demorou a ingressar no esporte e, quando enfim decidiu pela carreira, chegou a correr de boné.

Ao se classificar para a final, Piu, como também é conhecido, já previa uma disputa muito dura pela medalha. Dos oito classificados, sete faziam parte dos oito melhores do ranking e três já haviam corrido a prova esse ano abaixo dos 47s (Warholm, Benjamin e Samba), ele mesmo havia feito 47s31, o segundo melhor tempo geral, apenas 0s01 atrás do norueguês.

Quadro soma 11 medalhas para o Brasil

Em 20º no ranking geral, o Brasil passa a contar com 11 medalhas nos jogos de Tóquio: duas de ouro, três de prata e seis de bronze.

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