Bolsonaro se opõe a imposto sobre grandes fortunas e tabela de preços

"É um crime agora ser rico no Brasil", afirmou o presidente, em evento nesta segunda-feira

Presidente Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro descartou, nesta segunda-feira, a possibilidade de instituir imposto sobre grandes fortunas, tabelamento de preços ou aumento de carga tributária no Brasil.

“Alguns querem que eu taxe grandes fortunas no Brasil. É um crime agora ser rico no Brasil. Alguns querem que se aumente a carga tributária, que se tabele preços. Nós somos aquilo que nós produzimos”, disse em discurso na cerimônia do lançamento do programa Água nas Escolas. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Apesar das afirmações contra o aumento de impostos, a proposta de reforma tributária apresentada pelo Planalto prevê cobrança de 20% sobre lucros e dividendos, o que incide sobre os ganhos de empresários e acionistas do país.

O presidente também afirmou que pediu ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, para apurar valores enviados ao exterior pelo banco para execução de projetos em países estrangeiros. “Eu pensava que fosse caixa preta, mas não, foi enviado legalmente ao exterior”, disse em discurso de cerimônia.

Durante a campanha, Bolsonaro havia prometido investigar suposta utilização da instituição financeira pública em esquemas de corrupção, mas recuou após assumir a Presidência da República. Caixa Preta era o termo utilizado para se referir ao conjunto de informações sobre os ilícitos ocultos da população.

“Eu pensava que era caixa preta, mas não, (o dinheiro) foi legalmente para o exterior, com medidas provisórias alteradas no cantinho e aguardando o momento em que a votação fosse simbólica e não nominal. O montante é assustador”, declarou. Em seguida renovou críticas à Venezuela que, segundo ele, não honra compromissos com o BNDES pela realização de obras em seu território.

Água potável

Bolsonaro classificou a falta de acesso à água potável por cerca de 100 mil alunos de escolas públicas localizadas, em áreas rurais, como vergonhosa.

O programa Água nas Escolas prevê a construção de duas mil cisternas para beneficiar essa parcela de estudantes com abastecimento de água. O projeto vai ser financiado pelo BNDES, pela Fundação Banco do Brasil e pelo Ministério da Cidadania. Cada uma das entidades vai contribuir com R$ 20 milhões.

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