Um dia após o incêndio no acervo da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, o governo federal publicou, nesta sexta-feira, edital no Diário Oficial da União (DOU) para contratar uma entidade privada responsável pela gestão e preservação dos arquivos da instituição. A publicação do resultado provisório é prevista para 27 de outubro.
De acordo com o texto, a entidade escolhida vai ser responsável pela guarda, preservação, documentação e difusão do acervo audiovisual da produção nacional por meio da gestão, operação e manutenção da Cinemateca Brasileira.
Entenda
Cabe à Cinemateca preservar e difundir o acervo audiovisual brasileiro. Ela é administrada pela Secretaria Nacional do Audiovisual, que integra a Secretaria Especial de Cultura. Há dois anos, o governo não renovou o contrato que a Associação Roquette Pinto (Acerp) mantinha com o Ministério da Educação para a gerência da instituição.
Apesar de ter se comprometido com o novo edital para a função, a administração federal ainda não havia posto o plano em prática. Em agosto de 2020, após a demissão de todos os funcionários da instituição, o secretário Mário Frias visitou a Cinemateca, em São Paulo, e declarou que ela permanecia “protegida”.
No último dia 12 de abril, ex-funcionários da Cinemateca Brasileira publicaram um manifesto alertando para “os riscos que correm o acervo”. “O risco de um novo incêndio é real. O acompanhamento técnico e as demais ações de preservação, inclusive processamento em laboratório, são vitais”, dizia o comunicado.
