CPI da Covid retoma depoimentos em agosto com foco em negociação de vacinas

Primeiro a ser ouvido vai ser o reverendo Amilton, seguido do sócio da Precisa

Foto: Agência Senado

A CPI da Covid retoma as sessões com depoimentos, na semana que vem, e a cúpula da comissão definiu, em reunião remota realizada nesse domingo, um calendário prévio dos depoimentos a partir de 3 de agosto.

O primeiro a ser ouvido vai ser o reverendo Amilton, seguido do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa. Os depoimentos da primeira semana após o recesso, portanto, vão abordar a compra de imunizantes pelo Ministério da Saúde: o contrato para a compra da Covaxin, denunciado pelos irmãos Miranda, e as negociações de doses da AstraZeneca, intermediadas pela empresa Davati, que indicou como representante o reverendo.

Já na segunda semana de agosto, a CPI pretende ouvir o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que de acordo com o deputado Luís Miranda (DEM-DF) teve o nome citado pelo presidente Bolsonaro em uma conversa informal como o articulador do “esquema” de compras de vacina dentro do Ministério da Saúde. Barros nega as acusações.

Também devem ser ouvidos representantes da empresa VTCLog, que desde a gestão de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde cuida do setor de armazenagem e distribuição de medicamentos, incluindo vacinas, da pasta.

Na terceira semana de agosto os senadores devem ouvir depoentes relacionados à disseminação de fake news ligadas à Covid e na quarta semana de agosto abordar a gestão de hospitais federais do Rio de Janeiro.

Veja abaixo o calendário prévio, que pode sofrer alterações se houver dificuldades nas convocações:

• 3 de agosto: votação de requerimentos e depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) e suspeito de negociar a contratação de 400 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a Davati;

• 4 de agosto: depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos; empresa que vinha negociando o contrato para compra da Covaxin;

• 5 de agosto: depoimento de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos.