Senador cobra ministério da Cidadania por bloqueios do Auxílio Emergencial

Alessandro Vieira recebeu denúncias de bloqueios preventivos e parlamentar quer explicações

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Brasil

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) enviou nesta sexta-feira (23) ofício ao ministro da Cidadania, João Roma, pedindo informações sobre o bloqueio preventivo do pagamento de parcelas do Auxílio Emergencial. O gabinete do senador tem recebido denúncias deste bloqueio, especialmente de “mães solo”. As denúncias vêem da base do senador em Sergipe, mas ele acha possível que estejam ocorrendo casos em todo o país.

O ministério admitiu, num primeiro momento, estar fazendo “bloqueios preventivos” por conta de “cobranças dos órgãos de controle”. O senador quer informações mais detalhadas.

No ofício, o senador ressalta que o bloqueio “por período indeterminado pode acabar por implicar em responsabilização do Poder Executivo Federal caso os indícios de irregularidades que tem motivado os chamados bloqueios preventivos não sejam confirmados”.

O senador questiona a pasta quantas pessoas tiveram pagamento do Auxílio Emergencial bloqueado prevetivamente por unidade da federação, quantas delas são monoparentais, quais critérios e prazos de reestabelecimento, entre outros questionamentos. Os bloqueios preventivos levaram o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a publicar um vídeo explicativo também na tarde de ontem sobre o que deve ser feito em caso de bloqueio:

“Recentemente a Caixa bloqueou no Caixa Tem algumas contas por dois motivos, suspeitas de fraudes ou inconsistências no cadastro e esses pontos levaram algumas pessoas às agências para resolver esses problemas. 51% foram bloqueadas por suspeitas de fraude e é exatamente isso que aparece no aplicativo do Caixa Tem, que pede que elas se encaminhem às agências. Já 49% foram bloqueadas por inconsistências no cadastro no aplicativo do Caixa Tem e esse problema pode ser resolvido pelo próprio aplicativo, mas apenas pelo aplicativo. Queremos reduzir a necessidade de ida às agências no caso de inconsistência no cadastro”.