Polícia apura se existem mais envolvidos no sequestro de esposa de empresário da Serra

Seis criminosos foram presos e a vítima foi libertada ilesa em Capão da Canoa

Não houve pagamento de resgate | Foto: PC / Divulgação / CP

A Polícia Civil apura se existem mais envolvidos com a quadrilha que sequestrou a esposa de um empresário de Flores da Cunha, na Serra. Seis criminosos foram presos em uma operação que resultou na libertação da vítima do cativeiro na tarde de quinta-feira na praia de Arroio Teixeira, em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Amigos do marido dela planejaram o crime.

A ação mobilizou inicialmente a Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul e depois a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ª DR) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e a DP de Capão da Canoa. A Polícia Rodoviária Federal também prestou apoio.

“Ainda temos de trabalho, a revisão do material produzido durante as investigações e dos telefones celulares de cada um dos presos. Vamos fazer uma análise profunda e minuciosa, ratificar a participação de todos os indivíduos e se existem outras pessoas envolvidas”, explicou o titular da 1ª DR do Deic, delegado João Paulo de Abreu à repoirtagem do Correio do Povo na manhã desta sexta-feira.

A vítima, uma assistente social de 36 anos, era mantida há dois dias em cárcere privado. Ela foi resgatada pelos agentes sem o pagamento de resgate e encontra-se bem de saúde.

O arrebatamento dela ocorreu na manhã de terça-feira em Caxias do Sul. Os sequestradores a partir de então passaram a exigir o pagamento em dinheiro ao marido da vítima para libertá-la.

Com o avanço da investigação, um casal foi preso primeiro na ERS 453 e depois outras duas pessoas na ERS 122. Mais dois cúmplices foram detidos no local do cativeiro, sendo apreendido um revólver calibre 38 usado na abordagem da vítima. No total foram cinco homens e uma mulher. Houve a apreensão de um Chevrolet Astra, um Fiat Mobi, um Fiat Siena, uma Chevrolert Strada e um Jeep Renegade.

O delegado João Paulo de Abreu observou que a casa usada como cativeiro havia sido alugada pela internet por um dos criminosos há cerca de sete dias. Ele constatou também que, em quatro oportunidades, um dos mentores do sequestro e amigo do marido da vítima esteve na delegacia junto com ele para prestar apoio. “Oferecia carona e levava comida para o amigo, tudo na tentativa de se aproximar e descobrir o que a Polícia já sabia”, contou.

Já o titular da Draco de Caxias do Sul, delegado Luciano Righês Pereira, afirmou que esse foi um dos casos mais complexos do órgão até o momento. “Tão logo fomos acionados, começaram as diligências. Lançamos mão de inúmeras técnicas avançadas de investigação”, revelou, sem entrar em detalhes.

Para o Subchefe de Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes, o fato de a vítima sair ilesa fisicamente é uma vitória para a instituição e para a família. “Esse retorno que a gente viu da vítima sendo libertada e a família não tendo pago nada, é muito gratificante para nós policiais que trabalhamos na investigação criminal”, declarou.