Porto Alegre deve adotar “passaporte vacinal” para incentivar aplicação da 2ª dose

Documento pode ser utilizado em locais como bares e restaurantes

Foto: Cristine Rochol/PMPA

A prefeitura de Porto Alegre espera divulgar, nos próximos dias, o formato do “passaporte vacinal” que será adotado na cidade para incentivar a vacinação com duas doses contra a Covid-19. A ideia da administração é permitir que os estabelecimentos comerciais “filtrem” a clientela, garantindo mais segurança para funcionários e frequentadores.

Os setores mais afetados pela pandemia, como o de bares, restaurantes e eventos, devem ser priorizados na iniciativa. “É pra quem quiser, dentro do comércio em geral. Estamos pensando em fazer um símbolo, um carimbo, para que os estabelecimentos informem que apoiam a vacinação”, explica o secretário de Saúde da Capital, Mauro Sparta.

Pelo menos 30 mil pessoas que tomaram a primeira dose em Porto Alegre estão com o reforço atrasado. “Além estarmos alertando a população, por meio da mídia, também promovemos a busca ativa. Mas esse passaporte pode ser um incentivo importante, para que as pessoas vão tomar a segunda dose”, afirma Sparta.

Segundo o painel de monitoramento da prefeitura, a Capital já vacinou 786.303, número que representa 71,1% da população adulta. Destas, 468.814 estão com a imunização completa – seja com a aplicação de duas doses, ou a partir da vacina de dose única da Janssen. Hoje, começaram a ser vacinados os adolescentes.

Realidade no exterior, polêmico no Brasil

O passaporte vacinal já é comum nos países mais adiantados na campanha de imunização contra a Covid-19. Na Europa, por exemplo, o documento é obrigatório para as pessoas que desejam deixar um país, e visitar outro. Na mesma linha, os Estados Unidos estudam a possibilidade de implementar a medida para viagens internacionais.

No Brasil, o tema virou motivo de polêmica. Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, na quinta-feira passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o passaporte e garantiu que vetará a proposta caso chegue até ele. Um projeto de Lei que regulamenta o documento já foi aprovado no Senado.

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