Paulo Guedes afirma que reforma ministerial não afeta política econômica

Ministro defendeu nesta quinta mudança que dividirá Ministério da Economia e afirmou ser natural busca por apoio político

O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Alan Santos/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira (22) a mudança ministerial anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro que vai desmembrar a pasta e criar o Ministério do Emprego e da Previdência Social.

Para o ministro, trata-se de um movimento natural de busca por apoio político que não impacta as principais políticas econômicas do governo. “Está havendo reorganização interna sem nenhuma ameaça ao coração da política econômica. Zero ameaça”, afirmou.

A pasta será chefiada por Onyx Lorenzoni, que deixa a Secretaria-Geral da Presidência da República. Para o seu lugar vai o ministro-chefe da Casa Civil Luiz Eduardo Ramos, que por sua vez abrirá espaço para a chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Nogueira vem sendo considerado um importante aliado do governo na CPI da Covid. Seu partido é um dos integrantes do grupo político chamado de “Centrão”, que dá sustentação ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.

Guedes afirma ser “natural” uma coalização política de centro-direita para sustentar uma agenda de reformas. Ele avalia que as reformas têm bom andamento na Câmara, mas que era preciso reforçar o apoio ao governo no Senado.

“É natural que o presidente queira reforçar a sustentação parlamentar, particularmente no Senado”, afirmou.