“Eleições vão acontecer. É inegociável”, garante Rodrigo Pacheco

Presidente do Senado se manifestou em redes sociais, nesta quinta, após o Estadão publicar matéria sobre suposta ameaça ao pleito, feita pelo ministro da Defesa, Braga Netto

Foto: Adriano Machado / REUTERS / R7

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), usou as redes sociais nesta quinta-feira para se manifestar sobre a suposta ameaça feita pelo ministro Braga Netto (Defesa) de que pode não haver eleições em 2022 caso o Congresso não aprove o voto impresso e auditável. De acordo com o senador, o pleito do ano que vem vai acontecer e a não realização “não está em discussão e é inegociável”.

“Decisões sobre o sistema político-eleitoral, formas de financiamento de campanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria”, escreveu Pacheco.

“Seja qual for o modelo, a realização de eleições periódicas, inclusive em 2022, não está em discussão. Isso é inegociável. Elas irão acontecer, pois são a expressão mais pura da soberania do povo. Sem elas não há democracia e o país não admite retrocessos”, completou.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Braga Netto avisou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que a realização de eleições em 2022 dependia da aprovação do voto impresso e auditável – projeto que tramita na Casa Legislativa.

A mensagem do ministro da Defesa a Lira, conforme o jornal, chegou por meio de um interlocutor de Braga Netto em reunião com o presidente da Câmara em 8 de julho – mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repetiu a ameaça, caso o voto impresso não seja aprovado. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não teremos eleições”, disse o presidente na ocasião.

O ministro da Defesa, porém, negou a acusação e disse que a suposta ameaça é uma mentira. “Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a presidente de outro Poder. O ministro da Defesa não se comunica com o presidente dos Poderes por meio de interlocutores”, afirmou Braga Netto.

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