Quatro meses após colapso, proporção de internações da Covid despenca em Porto Alegre

Em março, 77% das internações eram relacionadas ao coronavírus; índice é de 32,88% nesta quarta-feira

Foto: Mauro Schaefer/CP

A rede hospitalar de Porto Alegre vive hoje um cenário diferente do registrado em 21 de março, pico da pandemia de coronavírus na cidade. Quatro meses atrás, a Capital gaúcha não só tinha a maior ocupação de UTIs do país, entre as maiores cidades (114,87%), mas 77% das internações graves eram relacionadas à Covid-19, entre casos confirmados e suspeitos.

Nesta quarta, Porto Alegre registra ocupação de 81,33% com 32,88% de pacientes positivados ou suspeitos para a doença – o que representa menos de um terço do total que está hoje em terapia intensiva.

Dos 736 pacientes em UTIs no fim da tarde, 231 tinham diagnóstico positivo para o coronavírus e outros 11 eram considerados suspeitos. O número é inferior mesmo na comparação com um ano atrás, em 21 de julho de 2020. Naquele dia, os pacientes com diagnóstico positivo ou suspeito para Covid eram 327.

Até esta quarta-feira, Porto Alegre soma 162.950 casos confirmados de Covid-19. Desses, 95% envolvem pacientes que se recuperaram. A cidade teve, até o momento, 5.271 mortes relacionadas à doença.

A vacinação, porém, avança. Ontem, a cidade ultrapassou a marca de 70% da população residente com ao menos uma dose de vacina – 42% já completaram o esquema vacinal contra a Covid-19.

Hoje, os três hospitais com maior número de internações pela Covid-19 em UTIs são, respectivamente: Hospital de Clínicas (59 pacientes, sendo 56 confirmados e três suspeitos), com taxa de ocupação de 70,73%; Nossa Senhora da Conceição (35 pacientes confirmados na UTI) e lotação de 97,33%; e Moinhos de Vento (33 pacientes com diagnóstico positivo do novo coronavírus), com a UTI operando a 86,84%.