A greve dos trabalhadores da Procempa terminou, nesta quarta-feira, depois de 56 dias, conforme um comunicado expedido à noite pela prefeitura de Porto Alegre. O protesto ocorria na esteira da decisão do prefeito Sebastião Melo de quebrar o monopólio da estatal, que presta serviços de tecnologia de informação ao município. A greve comprometia a expedição regular de contas do Dmae e o funcionamento do telefone 156 (Fala Porto Alegre), entre outros serviços assessorados pela companhia.
De acordo com a administração municipal, diretores da Procempa e do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no Estado do Rio Grande do Sul (Sindppd) chegaram a um acordo a ser formalizado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), nesta quinta-feira. Até o fim da noite, o fim da paralisação não havia sido confirmado nas redes sociais do sindicato. Os detalhes da negociação não foram divulgados, oficialmente, pelas partes.
A prefeitura reforça que os trabalhadores em greve tiveram suspenso o pagamento dos dias parados, do vale-refeição, do vale-alimentação e do vale-transporte. Durante o período da greve, o município também autorizou as secretarias e órgãos a adotarem providências para a contratação emergencial de soluções no mercado. Na semana passada, porém, o Tribunal de Contas emitiu uma medida cautelar suspendendo o chamamento de uma terceirizada para assumir os serviços de TI do Dmae. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) informou que vai apresentar defesa, em até um mês.
No comunicado divulgado nesta quarta, a prefeitura disse, ainda, considerar “a paralisação de 35% dos trabalhadores equivocada”, já que “esteve desalinhada com o cenário de crise provocada pela pandemia”. A gestão alegou ainda que “reconhece o empenho da maioria dos profissionais que não aderiram ao movimento e empreenderam grandes esforços para manter os serviços essenciais ao cidadão”.
