Covid: diretor da OMS considera inevitável risco de contaminação na Olimpíada

Tedros Adhanom afirmou que os casos devem ser identificados, isolados e investigados o mais rápido possível para que a transmissão seja interrompida

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira que o risco de contaminação pela Covid-19 durante a Olimpíada de Tóquio é inevitável. Por isso, ele acredita que os Jogos não devem ser avaliados pelo número de casos que serão registrados até 8 de agosto, data de encerramento do grande evento esportivo.

“A marca do sucesso do evento não é registrar nenhum caso de Covid-19. É garantir que todos os casos sejam identificados, isolados, investigados e cuidados o mais rápido possível para que a transmissão seja interrompida”, declarou o dirigente da OMS, em reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI), na capital japonesa. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Tedros Adhanom destacou. ainda, que “não há risco zero na vida” e afirmou que o Japão “pode dar coragem a todo o mundo” com a realização dos Jogos. “Que os raios de esperança desta terra iluminem um novo amanhecer por um mundo mais saudável, seguro e justo. É sincera a minha esperança que os Jogos de Tóquio sejam bem-sucedidos”, completou.

O número de casos de Covid-19 relacionados à Olimpíada chegou a 79 no Japão, nesta quarta-feira, com novos atletas apresentando testes positivos para o novo coronavírus. Especialistas temem que o evento possa espalhar o vírus por mais países, além de aumentar o número de casos em solo japonês.

“Mundo reprovado”

Apesar da mensagem de esperança junto ao COI, o diretor-geral da OMS aproveitou a ocasião para reprovar a forma como a pandemia vem sendo tratada na maior parte dos países. “A pandemia é um teste e o mundo está sendo reprovado”, declarou. Ele disse também que é uma “enorme injustiça” que 75% das vacinas do mundo contra a Covid-19 estejam concentradas em apenas dez países.

O dirigente alertou que a pandemia ainda não acabou. E disse que muitos passaram a viver em um “paraíso dos tolos” por acreditarem no fim da pandemia apenas porque a transmissão está localmente controlada. “A pandemia vai acabar quando o mundo decidir que quer encerrá-la. Está nas nossas mãos”, afirmou.

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