Confirmados os dois primeiros casos da variante Delta no RS

Pacientes residem em Gramado e tiveram contato entre si

Foto: R7/Reprodução

Foram confirmados, nesta segunda-feira, os dois primeiros casos no Rio Grande do Sul da variante Delta do coronavírus (B.1.1.617.2 – de origem na Índia). O primeiro, de um residente de Gramado, teve a amostra de exame confirmada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, por meio de sequenciamento genético completo. O segundo caso, também de um morador de Gramado – que entrou em contato com o primeiro -, teve a amostra confirmada pelo Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), por meio de sequenciamento parcial e vínculo epidemiológico (proximidade com o primeiro homem que teve a amostra sequenciada na Fiocruz).

Mais cinco suspeitas da cepa indiana foram notificadas em cidades gaúchas e seguem em investigação na Fiocruz (uma terceira em Gramado, envolvendo uma pessoa que contatou o primeiro infectado, duas em Sapucaia do Sul, uma em Esteio e uma em Canoas). Os resultados devem sair durante a semana. Já a amostra de um paciente de Santana do Livramento teve a confirmação para a Delta descartada, ainda em Porto Alegre, durante o sequenciamento parcial do genoma.

Na Fiocruz, o sequenciamento completo, a partir dos testes preliminares feitos no Rio Grande do Sul, fornece detalhes do perfil das mutações e classifica, com precisão, a linhagem de cada amostra.

Saiba mais sobre a Delta

A maior característica dessa linhagem, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade. Ela também consegue reduzir a eficácia dos anticorpos produzidos pelas vacinas, sendo que apenas uma dose (nos esquemas que preveem duas) pode ser pouco efetiva contra essa variação.

Com isso, a Secretaria da Saúde (SES) orientou que o intervalo entre as doses dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca seja “de 10 a 12 semanas”, no intuito de acelerar a aplicação do esquema vacinal completo da população.

Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.

*Atualizada às 19h para correção de informações repassadas pelo governo estadual  

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