A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (15) o procurador da empresa Davati Medical Supply Cristiano Carvalho, que intermediou a compra fraudulenta de vacinas que acabou com a demissão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado de pedir propina de U$ 1 por dose de vacinas inexistentes da Astrazeneca (a farmacêutica não trabalha com empresas intermediárias).
Cristiano é colega do também representante da Davati Luiz Dominguetti, responsável por denunciar Dias à CPI. O ex-diretor nega, diz que o encontro se deu por coincidência, e atacou o denunciante em seu depoimento aos senadores.
A conversa em um restaurante, defende Dias, ocorreu com Dominguetti por engano. Ele sustenta que na verdade iria se encontrar com Cristiano Carvalho. Mensagens do representante, porém, contradizem a versão de Dias, que acabou preso durante seu depoimento acusado de falso testemunho.
No material, apreendido pela CPI, Dominguetti relata a seus superiores na Davati (entre eles Cristiano), que estava se preparando para encontrar Roberto Dias na primeira conversa entre os dois. O representante da Davati ainda esteve outras três vezes no Ministério da Saúde para tratar da negociação.