Justiça condena Ronnie Lessa por destruição de provas do caso Marielle

Decisão é da 19ª Vara Criminal, que também condenou mais 4 pessoas

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Foto: Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o policial militar reformado Ronnie Lessa pelos crimes de ocultação e destruição de provas no caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A sentença é do juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal da Capital fluminense.

Além de Ronnie, foram condenados a mulher dele, Elaine Lessa; o cunhado, Bruno Figueiredo; José Marcio Mantovano, conhecido como Márcio Gordo, e Josinaldo Freitas, conhecido como Djaca.

Ronnie, um dos suspeitos de matar a vereadora, recebeu pena de quatro anos e seis meses de reclusão pela ocultação de armas utilizadas no crime.

Já Elaine, Bruno, José Marcio Mantovano e Josinaldo Freitas foram condenados a quatro anos de reclusão pelo envolvimento na operação que retirou as armas da casa de Ronnie e as jogou no mar da Barra da Tijuca, em 2019.

Os quatro tiveram as penas privativas de liberdade substituídas por restritivas de direitos com prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana, sendo obrigados a permanecer aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outra instituição definida pela Vara de Execuções Penais do Rio.

A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com as defesas dos réus.

Ministério Público
Também neste fim de semana, o Ministério Público (MP) confirmou a substituição de duas promotoras que tinham atuação direta no caso Marielle. Segundo o MP, as promotoras Simone Sibílio e Letícia Emile optaram por não mais atuar na força-tarefa que investiga o caso. O MP não divulgou o motivo que levou as promotoras a deixarem o caso.

“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro confirma que as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile optaram voluntariamente por não mais atuar na força-tarefa que investiga o caso Marielle Franco e Anderson Gomes. A Procuradoria-Geral de Justiça do MP reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas”, cita a nota do MP.

Os substitutos devem ser anunciados em breve.