BM vai investigar circunstâncias de prisão em meio a motociata em Porto Alegre

Manifestante fazia "panelaço" contra ato em apoio ao presidente. SSP alega que ela tentou agredir PMs

A Brigada Militar vai investigar, internamente, as circunstâncias da prisão de uma mulher que fazia um ‘panelaço’ contra a realização da motociata em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, na manhã deste sábado, em Porto Alegre. A detenção ocorreu perto do cruzamento da avenida João Pessoa com a rua Venâncio Aires, nas imediações do Parque da Redenção.

Em nota publicada no Twitter, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP-RS) alegou que a manifestante, liberada depois de ser encaminhada ao Palácio da Polícia, tentou agredir policiais militares.

“Apesar das repetidas tentativas das PMs de afastar a mulher, ela desobedeceu a ordem, desacatou as PMs que a abordaram, tentou chutar um dos motociclistas e manteve as ameaças de agressão”, publicou a Secretaria.

O PSol prestou auxílio jurídico à manifestante. Também no Twitter, o vereador de Porto Alegre Matheus Gomes cobrou uma manifestação do governador Eduardo Leite, alegando que a prisão teve caráter arbitrário e ilegal.

A cidadã presa por protestar contra a motociata de Bolsonaro em POA foi liberada, passa bem e seguirá sendo acompanhada por nós. Essa prisão foi ilegal, autoritária e violenta! O comandante maior da Brigada Militar é @EduardoLeite_: seu silêncio é absurdo e conivente!”, postou o vereador.