Bolsonaro chama carta da CPI de ‘absurdo’: “não vou responder nada”

Em mensagem protocolada no Palácio do Planalto, comando da comissão quer que o presidente se manifeste sobre o caso Covaxin

Ministro da Ciência, Marcos Pontes, e o presidente Jair Bolsonaro em live | Foto: Reprodução / Facebook / R7

O presidente Jair Bolsonaro afirmou durante live em redes sociais nesta quinta-feira que não vai responder nada à CPI da Covid do Senado. “Hoje fizeram festa entregando documento para eu responder. É um absurdo que não merece resposta. Não vou responder nada”, disse o presidente. Ele se manifestou em live semanal, nas redes sociais, acompanhado do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Em carta protocolada no Palácio do Planalto, o comando da CPI da Covid quer que o presidente confirme ou negue denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) feitas à comissão em 25 de junho.

O deputado e o irmão, Luis Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação no departamento de logística do Ministério da Saúde, dizem que levaram suspeitas sobre a compra da vacina indiana Covaxin ao presidente da República após “pressões anormais” pela importação do imunizante.

“Sou acusado de corrupção, onde não gastei um centavo e não recebemos uma dose sequer”, afirmou Bolsonaro. A negociação para a compra da vacina indiana Convaxin não chegou a ser concluída porque a Agência Nacional de Vigilância Pública (Anvisa) só aprovou o uso com restrição, para uma parcela pequena da população.

“É uma CPI que não está preocupada com a verdade”, disse Bolsonaro, ao acusar o Consórcio do Nordeste de “sumir com R$ 50 milhões e não comprar um respirador sequer”. “Não tenho paciência para ouvir patifes. CPI de sete picaretas. Me acusaram de comprar 400 milhões de vacinas com superfaturamento de 1.000%. Por essa conta, teria que gastar R$ 300 bilhões. Só um imbecil pode levar essa narrativa para frente”, completou.