A variante do coronavírus Gamma (P.1), registrada inicialmente em Manaus, segue correspondendo a 100% das amostras colhidas no Rio Grande do Sul. Nos últimos 7 dias, ela apareceu em 1.375 materiais sequenciados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e laboratórios parceiros da Secretaria Estadual da Saúde (SES). O dado consta em um painel de monitoramento das variantes, lançado nesta terça-feira.
De acordo com a SES, a variante Gamma representou a totalidade das amostras na maioria das semanas de abril, maio e junho.
Além da Gamma, o Rio Grande do Sul também já identificou dois casos da Alpha (B.1.1.7), registrada inicialmente no Reino Unido. Ambas são consideradas Variantes de Preocupação (VOC, do inglês variants of concern) pelo fato de apresentarem evidências científicas de alteração do comportamento do vírus, tornando-o mais agressivo, mais transmissível ou mais resistente a imunizantes.
Para detecção de Variantes de Preocupação, o material genético passa por um exame de RT-PCR. Esse teste capta apenas uma parte do vírus e não o genoma completo, porém é capaz de determinar se a amostra é possivelmente uma variante de preocupação em menos tempo e com menor custo. O RT-PCR de detecção de variante é diferente do RT-PCR usado para diagnosticar a Covid-19, apesar de utilizar a mesma tecnologia.
RS já registrou 25 linhagens
As amostras que passaram pelo sequenciamento de genoma completo, desde março de 2021, mostraram a circulação de 25 linhagens (variantes) diferentes do coronavírus em cidades gaúchas. O sequenciamento genético completo é capaz de apresentar mais detalhes e classificar com mais precisão a linhagem de cada amostra. Não há indícios, até o momento, de que a variante indiana Delta tenha infectado algum morador do Rio Grande do Sul.