O tenente-coronel da reserva da Brigada Militar e historiador Manoelito Savaris comandará o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) mais uma vez. Foi presidente do MTG por sete anos em três diferentes períodos. Desta vez, a gestão será breve e termina em oito meses, tempo suficiente para resolver entraves pelos quais a entidade passa. Talvez tenha sido por este motivo que os delegados do MTG tenham optado nas eleições realizadas no sábado pela experiência de Savaris, que liderava a Chapa 2 – Pelos Laços da Tradição, que recebeu 626 votos. Os segundo e terceiro colocados foram Silvania Affonso, da Chapa 3 – Um Novo Sentido para o Tradicionalismo, com 367 votos, e Fabiano Vencato, da Chapa 1 – Juntos Somos Mais MTG, que obteve 272 votos.
O processo eleitoral foi realizado nas 30 regiões do MTG e envolveu 1.270 delegados. O resultado foi anunciado em uma live nas redes sociais MTG na noite de sábado. O processo eleitoral deveria ter ocorrido no início do ano, mas foi suspenso em razão das restrições impostas pelo Sistema de Distanciamento Controlado que vigorou no Rio Grande do Sul até o mês passado. Já em março, o MTG também decidiu mais uma vez suspender o pleito em razão de decisão judicial decorrente de investigações do Ministério Público sobre possíveis irregularidades nas contas do MTG e da Fundação Cultural Gaúcha, no período de 2012 a 2019, segundo a entidade. A apuração ocorre a partir de denúncias de irregularidades apresentadas pelo Ministério Público (MP) do Estado envolvendo a TV Tradição.
O mandato da nova diretoria começa nesta segunda-feira e termina em 28 de fevereiro. “Estarei empenhado na retomada das atividades dos CTGs e dos quadros sociais das entidades tradicionalistas”, frisou Savaris, acrescentando que as entidades tradicionalistas estão paradas há 18 meses. Outra meta do novo dirigente é definir sobre a realização ou não do Acampamento Farroupilha. No ano passado, o evento foi cancelado em razão da pandemia. “Nossos desejos estão voltados para a volta das atividades das entidades e piquetes e corrigir alguns rumos”, pontuou.
O presidente da comissão eleitoral, Alessandro Gradaschi, informou que 1.500 delegados estavam aptos ao voto presencial. “Este ano foi um pouco diferente porque a eleição sempre era realizada durante nosso congresso, que não ocorreu por causa da pandemia. Mas a votação iniciou às 9h, com respeito a todos sobre os protocolos, distanciamentos e regras estabelecidas”. “Ficamos muito apreensivos e inseguros, mas pelo estatuto é obrigado a sair a eleição. Agora, está tudo tranquilo, dá um alivio”, revela Gradaschi. Segundo ele, os delegados eleitorais, devidamente pilhados, com o acréscimo de máscara e de posse de sua própria caneta, puderam escolher o sucessor da atual presidente Gilda Galeazzi.
