Dólar cai para R$ 4,90 e fecha no menor valor em mais de um ano

Bolsa subiu 0,85% e voltou a encostar nos 130 mil pontos nesta sexta

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Em um dia de alívio global, o dólar operou em queda contínua e fechou no menor nível em mais de um ano. A bolsa de valores (B3) recuperou-se parcialmente de perdas recentes e voltou a encostar nos 130 mil pontos, nesta quinta-feira.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,905, com recuo de R$ 0,058 (1,17%). Durante toda a sessão, a moeda operou em baixa, fechando próxima da mínima do dia. Foi o quarto dia consecutivo de queda da divisa.

A cotação está no menor nível desde 9 de junho do ano passado, quando fechou em R$ 4,89. A divisa acumula queda de 6,12% neste mês. No ano, o recuo é de 5,47%.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. Após dois dias de queda, o índice Ibovespa da B3 fechou a quinta-feira aos 129.514 pontos, com alta de 0,85%. O indicador acumula alta de 2,61% em junho e de 8,82% em 2021.

A divulgação de dados mostrando que a recuperação do emprego e do consumo nos Estados Unidos está mais lenta que o esperado animou o mercado. Os pedidos de auxílio-desemprego na terceira semana de junho vieram mais altos que o esperado, e as compras de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de bens duráveis também vieram abaixo da estimativa dos investidores.

Um atraso na recuperação econômica dos Estados Unidos aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros somente no fim de 2022. Juros mais baixos em economias avançadas favorecem a aplicação de recursos em países emergentes, como o Brasil.

Desde os primeiros meses da pandemia da Covid-19, os juros básicos norte-americanos caíram a algo entre 0% e 0,25% ao ano, no menor nível da história. Paralelamente às taxas baixas nos Estados Unidos, os investidores reagem à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro.

Divulgado ontem, o documento revela que a autoridade monetária brasileira pode acelerar o ritmo de elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) caso a inflação permaneça alta nos próximos meses. Juros mais altos no Brasil também atraem capitais estrangeiros, pressionando para baixo a cotação do dólar.

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